Paulinha da Biola

UM BLOGUE INSUBMISSO, LEAL, SEM PLÁSTICAS E FRONTAL.

23.5.05

Denúncia ou difamação?

"Não alimento boatos. Dou-me bem com toda a gente e com todos eu sou frontal. O que tenho a dizer digo e não envio recado, sou mesmo terra a terra e sem papas na língua.
Não me escondo por detrás de um telefone, nem de uma imagem com a voz distorcida! Nós, os que damos a cara pela verdade, somos alvos a abater. A isto já estou habituada, e como tal enoja-me este derespeito pela dignidade das pessoas.
Na minha opinião a comunicação social tem um papel importante na formação da opinião pública e no dar às pessoas a consciência do direito à indignação. Tem ainda a função de denunciar o que se pensa estar errado.
Portanto, a minha indignação é grande e, pela primeira vez na minha vida, falo públicamente de alguém de quem nunca falei antes, mas que de mim já já disse mentiras, já me ofendeu difamando-me, chamando-me nomes que não são os meus e nem sequer são nomes próprios. Contra mim e meu marido já proferiu as maiores barbaridades, sem nos conhecer de lado nenhum e em locais impróprios. Talvez isto tivesse como objectivo a exposição do seu "produto" - o filho.
De início eu estava solidária, mas hoje a censurabilidade do comportamento de ANA PAULA, mãe de "Joel", é reveladora de uma pessoa com sede de protagonismo, com uma personalidade escassa, despudorada e com inexistência de valores morais.
ANA PAULA tem tido discursos em que a tónica dominante está mais ligada a interesses materiais, em vez daquela que deveria ser a natural preocupação com o filho.
Eu sou mãe e sei o quanto é difícil criar um filho. Não falo de barriga cheia, criar filhos hoje em dia é uma maratona muito difícil. E nos tempos que correm... ninguém dá nada a ninguém a troco de nada...
Lembro-me de um ditado popular, "Quem Cabritos vende e Cabras não tem, de algum lado lhes vem..."
A conivência da mãe de "Joel" é evidente. Ela conhece, aceita e manda o filho pedir... Dito pela sua boca, numa entrevista televisiva logo no início do escândalo: "... porque não vais ter com ele, sabes que nós precisamos do dinheiro..." Ela silenciou muitas situações a troco de dinheiro e outros bens que não foram só alimentícios, os que lhe sustentavam os vícios... Porque motivo não gostam dela na zona onde residem?
Porquê minha senhora, todo um espectáculo sem fundamento?
Não sabia que o seu filho se prostituia? Lá dizia o outro, e se calhar baseando-se no seu modo de agir com o seu filho: "os meios de comunicação social estão a incorrer num erro tremendo que é o de acusar de pedofilia pessoas que procuram satisfazer-se com rapazes ou raparigas de 12, 13 ou 14 anos que andam na prostituição". Assim, após uma violação, "já que está, deixa estar... continue-se".
Se o "Bibi" violou o seu filho, a senhora sabia. Porque não participou de imediato? Só o fez quando as "dádivas do pai" começaram a escassear, até que secaram? Em crise no mar, tudo o que vem à rede é peixe. Pois é! E agora, quem será o freguês que se segue? Será que eu conheço?
Lembro-me que a primeira vez que a vi e ouvi foi na televisão. Pessoalmente e em carne e osso, à senhora e aos seus filhos, foi na Feira Popular aquando a festa de solidariedade para com as crianças abusadas sexualmente. Aí foi onde eu muito vi e ouvi, situação que se repetiu no dia da vigília em Belém. Até tive que recorrer à polícia, pois os três com "tanta vergonha, com tanto medo, e com tanto sofrimento", quizeram-me agredir, insultando-me e ao meu marido. Descobri então que não só o "Joel" que tem de ser acompanhado pelo pedopsiquiatra, a senhora e a sua filha são duas desequilibradas e. como tal sofrem mais do que ele. Não posso deixar de sentir pena de "Joel", pobre dele que é duas vezes vítima. Vítima de abuso sexual e vítima de uma família que se aproveita dele para tirar dividendos. Eu digo-lhe minha senhora, não há dinheiro que pague os traumas que o seu filho irá ter pela vida fora.
Tendo os comportamentos que ele tem, são já reflexos de que, no futuro, as consequências dos factos praticados contra ele surgiram, de certo modo, e lhe condicionaram de uma forma gravíssima, o desenvolvimento psíquico. Realmente com uma família assim, se ele sobreviver a toda esta guerra, será pela certa o Herói Inocente. Eu, no vosso lugar, tinha vergonha de continuar a respirar. Quanto mais andarem a "pavonear-se" exigindo este mundo e o outro a toda a gente. Sim, porque eu vi e ouvi: " Este ano pela Páscoa o meu 'compadre Bibi' não deu as amêndoas ao afilhado" ... Da mesma forma que como ele dizia na escola: "O meu padrinho, este ano não me deu amêndoas".
Não posso deixar de falar do meu "irmão" casapiano Adelino Granja que, na qualidade de advogado de "Joel", mantém um relacionamento tão "anormal" convosco que me chega a embaralhar as ideias e a deixar preocupada! Quem é advogado de quem?
Não foram ambos violados pelo "Bibi", claro que em anos diferentes, mas porque se tratam por tu? Não entendo a razão pela qual a família de "Joel" dá ordens ao Adelino. ´"... Dá-me dez euros para eu comer um prego que tenho fome...(...) a minha mãe e a minha irmã ainda não comeram nada... (...) Temos que nos sentar aqui à frente que é para aparecer na televisão... (...) olha, quando fores para o palco eu e os meus filhoa também vamos, nós é que temos o direito de lá estar, ouviste?... (...) este é o primeiro miúdo da Casa Pia por onde começou o escândalo de pedofilia...
Isto é algo que me confunde à séria! Porque se escreve o nome de "Joel2, quando já toda a gente sabe quem ele é e o seu verdadeiro nome? Além de andarem sempre a "tiracolo! de Adelino, fazem questão de dizer e contar tudo o que se passou, sem dó nem piedade, com um despudor incrível. Não entendo!
Na Feira Popular, quando descemos do palco, e como seria óbvio, eles não subiram. Se não fosse o Pedro Namora eu tinha sido agredida, sem saber ler nem escrever. Ana Paula aparentava estar completamente embriagada, enquanto falava até se babava... Falei com Adelino, que me encolheu os ombros e disse: "Eles não gostam de ti"... E só no final eu soube o que realmente me esperava e do que me livrei!
Depois na Vigília em Belém, repete-se a cena, aí já de prevenção e ao vê-los aproximarem-se, peço ajuda à Polícia. Só não participei por causa do "Joel" e ainda porque eu não "patrocino" propaganda a quem nada me diz.Deixei-os a falar sozinhos até que descobrem o meu marido e vão ofendê-lo tentando agredi-lo!
Do Adelino nem sequer uma palavra de boa noite tive, nem um aviso. Só muito para o fim é que lhe "arranquei" um: "Olá, tudo bem?". Enquanto o "Joel", a mãe e irmã faziam questão0 de passar junto a mim dando-me encontrões provocatórios e ameaçando-me com um indivíduo que eu nunca vi mais gordo! Com que moral tu "irmão" casapiano, não querias juntar-te a mim, porque sou amiga de "Bibi"? De que lado tu realmente estás, do lado das vítimas ou dos violadores? O teu compadre não é suspeito de pedofilia?
Nada receies, baseando-me nos meus valores e não querendo ser o centro das atenções, sinto que estou do lado certo. Mas o que eu dava para ser uma Borboleta esvoaçando sobre algumas cabeças em determinadas alturas...
Tem cuidado Adelino! As pessoas quando não prestam, não conseguem fingir que prestam,independentemente de quem quer que sejam. Os que eram e já não são, ou os que são e nunca foram..."
Pois é meus caros, foi culpa desta crónica de opinião, talvez, porque a minha opinião está bem explícita e se calhar "não faço qualquer denúncia"... que no dia 5 de Julho irei a Tribunal responder num processo (como arguida mas de cabeça bem erguida - não é para rimar) em que sou acusada de três crimes de difamação.
Quem me conhece e sabe como as coisas que descrevo ocorreram, sabem o quanto falo verdade. Por isso ao texto só poderei acrescentar e nunca retirar sequer uma vírgula. É que esta crónica (ao contrário do que muitas gralhas bombardeiras dizem, fui eu que escrevi) foi publicada no jornal "O Crime" a 26 de Junho de 2003. Para lembrar alguns desmemoriados...já lá vão quase dois anos!
Com o andamento da "questão" digam-me, esta crónica é uma denúncia ou difamação?
Para mim tanto se me faz como se me fez... Só eu sei porque a escrevi e só o explicarei em tribunal. Mas todos têm direito a conhecer o motivo.
Siga o Baile, já dizia a minha avó que era imensamente rica em sabedoria: "Quem tem unhas toca viola quem não sabe... ouve tocar!"

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