Ao Grande AMOR da Minha Vida
Um dia, amei um homem e por ele me sentii amada.
Foi a Droga que mo roubou e eu não pude fazer Nada...
Colocando-me no lugar de "Carlitos", o grande AMOR da minha vida e em sua memória, eu escrevo.
Destrui a minha vida, quando a queria edificar...
Vendo que já pouco tinha a perder,
porque não cheguei a ter,
a fantasia virou terror e veio a solidão.
fiquei sofrendo sozinho.
Não podia arrastar comigo aquela que mais amei
e por quem chamarei na hora da morte:
"Paulinha, a minha velhota..."!
Hoje, já farto, sei que vou morrer,
mas peço a todos os que a consomem,
que a deixem de consumir.
É ela que nos consome...
Bem alto digam NÃO, aquela que é causadora
da nossa destruição,
DROGA MALDITA.
E foi como ele disse: "Tarde demais"... Nada mais pude fazer, a não ser tentar atenuar o seu sofrimento.
Não o desprezei nunca. Amei-o muito e por ele fui muito amada. Dei-lhe o meu colo sempre que dele precisava. Cumpri a promessa que lhe fiz, no dia que descobrimos ser ele seropositivo. Por causa da Droga fora contaminado com HIV. Dizia-me muitas vezes: "Amor, quando eu estiver na fase terminal, deixa-me morrer nos teus braços. Só assim morrerei mais tranquilo..."
Enquanto seu corpo esquelético, jazía no leito da morte do Hospital Egas Moniz, só eu sei o que sofreu, o quanto se arrependeu. Era já tarde... muito tarde.
Chegou ao fim da sua estrada de sofrimento, no dia 10 de Julho de 1999, com 32 anos. José Carlos, o meu "Carlitos", morreu nos meus braços... tranquilamente.
Para mim, perda irreparável, apesar de hoje sentir que, onde quer que ele esteja, sabe o que ainda sinto... para além das enormes saudades.
Portanto, "amigos" que apesar de apanhados na teia da droga não deixem que a SIDA vos mate. Tenham coragem e larguem de vez com esse flagêlo que não é só vosso consumidores. Lembrem-se que quem vos ama também sofre, sejam, familiares ou simplesmente amigos...
DIGAM NÃO À DROGA E SIM À VIDA...
Foi a Droga que mo roubou e eu não pude fazer Nada...
Colocando-me no lugar de "Carlitos", o grande AMOR da minha vida e em sua memória, eu escrevo.
Tentei sempre entender a tua condição, embrenhei-me no teu ser, fiz do meu o teu "EU". Aquilo que eras e não querias demonstrar ser. Mas eu descobri... pena que tarde demais!
Por tudo o que vivemos, por tudo o que me contaste, por tudo o que contigo passei e te vi sofrer, por tudo o que me ensinas-te, percebi que o amor faz milagres. Lamento apenas que a nossa vida se resuma num poema de enorme saudade para mim.
É para vós, toxicodependentes, ou pessoas que se debatam com problemas de droga na família, esta mensagem. Todos os que estão vivos.
Nasci e fui feliz, até que alguém me conduziu
para um mundo diferente, ilusório.
E eu, por curiosidade segui em frente.
Tudo era bom, eu vivia na fantasia
em que estava envolvido e sem querer acordar.Destrui a minha vida, quando a queria edificar...
Vendo que já pouco tinha a perder,
porque não cheguei a ter,
a fantasia virou terror e veio a solidão.
fiquei sofrendo sozinho.
Não podia arrastar comigo aquela que mais amei
e por quem chamarei na hora da morte:
"Paulinha, a minha velhota..."!
Hoje, já farto, sei que vou morrer,
mas peço a todos os que a consomem,
que a deixem de consumir.
É ela que nos consome...
Bem alto digam NÃO, aquela que é causadora
da nossa destruição,
DROGA MALDITA.
E foi como ele disse: "Tarde demais"... Nada mais pude fazer, a não ser tentar atenuar o seu sofrimento.
Não o desprezei nunca. Amei-o muito e por ele fui muito amada. Dei-lhe o meu colo sempre que dele precisava. Cumpri a promessa que lhe fiz, no dia que descobrimos ser ele seropositivo. Por causa da Droga fora contaminado com HIV. Dizia-me muitas vezes: "Amor, quando eu estiver na fase terminal, deixa-me morrer nos teus braços. Só assim morrerei mais tranquilo..."
Enquanto seu corpo esquelético, jazía no leito da morte do Hospital Egas Moniz, só eu sei o que sofreu, o quanto se arrependeu. Era já tarde... muito tarde.
Chegou ao fim da sua estrada de sofrimento, no dia 10 de Julho de 1999, com 32 anos. José Carlos, o meu "Carlitos", morreu nos meus braços... tranquilamente.
Para mim, perda irreparável, apesar de hoje sentir que, onde quer que ele esteja, sabe o que ainda sinto... para além das enormes saudades.
Portanto, "amigos" que apesar de apanhados na teia da droga não deixem que a SIDA vos mate. Tenham coragem e larguem de vez com esse flagêlo que não é só vosso consumidores. Lembrem-se que quem vos ama também sofre, sejam, familiares ou simplesmente amigos...
DIGAM NÃO À DROGA E SIM À VIDA...